quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Novos Computadores Vestíveis são usados na Pele deu no The New York Times

Avanço tecnológico ou preparação para a implantação do "New Order" ou "New Age”? Só vai poder comprar, vender ou trocar qualquer coisa quem tiver a marca (...) na testa ou na mão direita. Coincidência ou não o rumo que a ciência está a dar é este. Ele está mais próximo do que imaginamos. Comentem isso!


É quase certo que a próxima era da computação será dominada por vestíveis, porém ninguém sabe como eles serão nem em que parte do corpo serão usados.
A Apple e a Samsung, por exemplo, estão apostando no pulso, enquanto o Google investe no rosto. Algumas empresas de tecnologia acreditam que todo o vestuário será eletrônico. Há também um novo segmento de start-ups que acha que os humanos se tornarão verdadeiros computadores ou pelo menos repositórios de tecnologia.
Essas start-ups estão desenvolvendo computadores vestíveis que colam à pele como tatuagens temporárias ou como uma bandagem adesiva.
Muitas dessas tecnologias são flexíveis, dobráveis e extremamente finas. Elas também podem ter formas exclusivas para se destacar como uma tatuagem ousada ou se confundir com a cor da pele.
Computadores vestíveis serão mais baratos de produzir e funcionarão com mais precisão, pois os sensores ficarão rentes ou dentro do corpo das pessoas.
A empresa MC10, com sede em Cambridge, Massachusetts, está testando um tipo de computador vestível do tamanho de um pedaço de chiclete, que pode ter antenas sem fio, sensores de temperatura e de batimentos cardíacos e uma bateria minúscula.
Scott Pomerantz, diretor da MC10, disse: “Nosso computador vestível fica sempre ligado à pessoa. Ele é menor, mais flexível e estirável, e possibilita colher todos os tipos de dados biométricos relacionados aos movimentos”. 
Recentemente, a MC10 uniu esforços com John A. Rogers, professor da Universidade de Illinois em Urbana-Champaign. Há quase uma década, ele aperfeiçoa dispositivos flexíveis que possam ser usados na pele ou implantados.
Como esses dispositivos funcionariam? A pessoa colocaria alguns sensores no corpo na hora de sair para correr, depois veria uma análise altamente detalhada de seu exercício no telefone.


Outra função seria descobrir o melhor desodorante para certa pessoa. Um adesivo que monitora o grau de transpiração enviaria um e-mail com algumas recomendações. Outra utilidade seria monitorar a respiração de seu bebê colocando um pequeno sensor no peito dele para alertá-la caso ocorra qualquer problema.
“Os sistemas biológicos e eletrônicos serão muito mais integrados”, afirmou Rogers. “Sem esse contato físico estreito, é difícil ou talvez até impossível extrair dados relevantes.”
As aplicações para a saúde são numerosas. No ano passado, Rogers e sua equipe de cientistas trabalharam com pacientes com mal de Parkinson para monitorar seus movimentos, com dermatologistas que tratam doenças de pele e com empresas de cosméticos como a L’Oréal, a fim de desenvolver adesivos digitais que verificam a hidratação cutânea.
Anke Loh, da Escola de Arte do Instituto de Chicago (SAIC), está fazendo experimentos para que os computadores vestíveis pareçam body art. “Ao ver esses adesivos, dá vontade de colocá-los na pele, mesmo sem saber para que servem”, disse. 
Cientistas da Universidade de Tóquio estão desenvolvendo uma “e-pele”, uma pele eletrônica que fica sobre a pele real. Ela parece um pedaço de plástico estirável, porém contém vários sensores relacionados à saúde.
Em outra versão, cientistas estão trabalhando para adicionar uma camada de LEDs, transformando a pele em uma tela fixada ao corpo. Além de monitorar a saúde, as peles digitais poderão ser uma interface visual e talvez até substituam os smartphones. 


Parte 2
É que a onda dos computadores vestíveis, como os "smartwatches" (relógios inteligentes), já é uma realidade e irá levar a tecnologia e o fácil acesso à internet dos smartphones para acessórios que costumamos usar no dia-a-dia. Pelo menos é o que feira Consumer Electronics Show (CES) 2014, em Las Vegas, aponta como tendência para esse ano.
Os dispositivos variam entre pulseiras, relógios e até lentes de contato inteligentes. A Innovega aprofunda a experiência do Google Glass e leva a tecnologia vestível para dentro dos olhos. Em formato de lente e combinado com óculos, o iOptik faz do campo visual uma grande tela para aplicativos.
Já a pulseira Nabu, da Razer, quando chacoalhada, envia uma solicitação de amizade no Facebook a quem estiver por perto e usar o mesmo acessório.
Veja abaixo as principais novidades de computadores vestíveis da feira:

Relógio futurista
O relógio inteligente mais interessante da feira é ainda um protótipo, mas tem um design bastante futurista e diferentes dos outros "smartwatches". Ele parece uma pulseira, o que deve atrair os jovens.
Feito de material flexível, o Nabu apresenta duas telas. A que fica na parte de cima da pulseira é bem pequena e mostra apenas um ícone, seja para avisar que o usuário está recebendo uma ligação ou se chegou um novo e-mail. Caso deseje ver mais detalhes do alerta, basta virar o pulso e visualizar a segunda tela, que é maior e apresenta o número do telefone e o título do e-mail, por exemplo.
Se duas pessoas estiverem usando o relógio, uma próxima da outra, é possível fazê-los interagir. Chacolhando o pulso, é possível mandar uma requisição de amizade pelo Facebook.
A bateria, segundo a Razer, pode durar até 10 dias. O Nabu está disponível para desenvolvedores por US$ 50. Para o consumidor, a previsão é que as vendas comecem nos Estados Unidos em março, mas o preço ainda não está definido.
Computador para os olhos
As lentes iOptik podem fazer com que o usuário consiga focar objetos próximos ou distantes com uma precisão além da visão humana. Combinada com óculos especiais, a tecnologia simula a experiência do Google Glass, exibindo na "tela" aplicativos como os do Facebook, Instagram, WeChat, Maps ou Wikipedia.
Como os programas são exibidos no campo de visão do usuário, a Innovega argumenta que o iOptik chega para resolver uma limitação dos eletrônicos: a limitação das imagens às dimensões das telas.
Smartphone de pulso

Com processador Snapdragon de 1.2 GHz (Gigahertz) e tela de 2,4 polegadas de TFT, o relógio inteligente Pine combina potência e resolução suficientes para que aqueles que o levem no pulso consigam jogar "Angry Birds".
Uma espécie de smartphone vestível, dado o tamanho da tela, o Pine possui até entrada para chips de telefone, o que dispensa integração com um aparelho móvel.
A câmera é VGA, competente para chamadas de vídeo, e é possível escolher entre a versão de 16 GB (US$ 335) e a de 32 GB (US$ 395). O Pine chega ao mercado norte-americano em março.
Pulseira para exercícios
A LG entrou na onda dos computadores vestíveis com a Fitness Band, uma pulseira que monitora o número de passos, as calorias queimadas e a distância percorrida.
Além de servir como um acessório para exercícios físicos, a pulseira, conectada a um iPhone ou smartphones que rodem o Android, pode exibir as ligações telefônicas e as mensagens recebidas. Além disso, é possível controlar aplicativos de música com a Fitness Band. Nos Estados Unidos, custará US$ 180.
Discreto, mas pouco prático
O Galaxy Gear é o menos discreto dos relógios inteligentes e o que apresenta mais funções, embora a maioria delas não vá muito além de fotografar e fazer ligações pelo relógio – que se conecta ao "phablet" Galaxy Note 3.
A tela tem um tamanho razoável e apresenta ícones com boa definição, mas a resposta aos comandos deixa a desejar na navegação pelos menus. Fotografar com o Gear ainda não é prático, embora seja rápido acionar a câmera para obter uma imagem rapidamente.
O produto já esteja sendo vendido e é um bom conceito, mas ainda está longe de ser um produto final para o consumidor.

Fontes: http://www.gazetadopovo.com.br/m/conteudo.phtml?tl=1&id=1512761&tit=Novos-vestiveis-aderem-a-pele
http://g1.globo.com/tecnologia/ces/2014/noticia/2014/01/computadores-vestiveis-ganham-forca-na-ces-2014-veja-modelos.html

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Radiação de Fukushima causa mutações em flora e fauna

Avaria na usina atômica de Fukushima provocou mutações genéticas em flora e fauna, escreve o Journal of Heredity da Universidade de Oxford (O FIM ESTÁ PRÓXIMO!)
Cientistas estudavam insetos, pássaros, plantas e animais na zona da contaminação radiativa, notando não apenas a redução da população de algumas espécies, mas também registrando o fato do efeito permanente de pequenas doses da irradiação ionizante levar a alterações genéticas e aumentar a frequência de mutações celulares. Mudanças similares surgiam no caso de lagartas colhidas num território “limpo” terem sido alimentadas por plantas do território contaminado. As pesquisas tiveram por fim esclarecer mecanismos de influência da radiação em organismos vivos para prevenir doenças e mutações em pessoas.
Entretanto, mutações naturais não são muito perigosas para a ecologia e os humanos, considera Alexander Rubanovich, chefe da seção de segurança genética do Instituto de Genética Geral da Rússia:
“A natureza dispõe de uma enorme reserva de possibilidades de recuperação. Se lembrarmos da experiência dos acidentes em Chernobyl, em 1986, e nos Urais do Sul, nos anos 50 do século passado, quando foram poluídos extensos territórios, a natureza conseguiu recuperar-se após esses incidentes.
Em Fukushima não foram registrados níveis muito altos de radiação. Em qualquer caso, embora se diga que o processo de mutações se parece com o que foi observado na zona de Chernobyl, os níveis de afeção radiativa são incomparáveis. Ao mesmo tempo, processos de mutação surgem não apenas em resultado do efeito radiativo, mas também por causa de qualquer influência genotóxica. Por exemplo, um alto nível de mutações está sendo registrado em plantas que desabrocham ao longo de autoestradas. Mas isso não afeta catastroficamente a natureza em função de sua enorme fecundidade e capacidade recuperadora.
As consequências de influência distante da radiação em humanos foram provadas só em dois casos: após os bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki e a poluição radiativa do rio Techa nos Urais do Sul, quando o nível de radiação foi extremamente alto. Em ambos os caos foi registrada grande incidência de leucoses. Mas não havia mutações…”.
Na opinião de peritos, as catástrofes em Fukushima e Chernobyl provocaram efeitos biológicos semelhantes. Em geral, a avaria no Japão está sendo comparada frequentemente com os acontecimentos em Chernobyl. Nos dois casos as usinas foram paralisadas, foi criada a mesma zona de alienação de 30 quilômetros e surgiram os mesmos receios. No entanto, segundo declara o governo japonês, a emissão da radiação em resultado da avaria em Fukushima foi em dez vezes menor do que em Chernobyl e, respectivamente, o nível de riscos no Japão também deve ser muito menor. Fala Valeri Stepanenko, professor do Centro de Pesquisas Médicas Radiológicas:
“Como fora esperado inicialmente, a população poderia estar exposta a uma dose sumária de 20 milisieverts ou ainda maior. Na realidade, porém, nenhuma pessoa recebeu tais doses de radiação, porque a população foi evacuada e os cálculos foram feitos com uma grande prudência a favor das pessoas. Em outras palavras, as doses foram sobrestimadas…”.
Seria errado contudo afirmar que não há riscos para a população, sustenta a vice-diretora do Instituto de Física Bioquímica, Elena Burlakova:
“O problema de pequenas doses de radiação foi discutido centenas de vezes em diferentes conferências internacionais. Todavia não há respostas definitivas em relação a muitos aspectos ligados à radiação e ao seu efeito no organismo humano. Os argumentos daqueles que negam a influência de pequenas doses de radiação nas pessoas são reduzidos à impossibilidade de medir esse fenômeno…
Por outro lado, também não há dados que permitem concluir que o efeito radiativo não seja perigoso. As mutações, mesmo que não sejam muito frequentes, podem ser perigosas. Sabe-se com certeza que uma pequena dose de radiação provoca uma série de reações celulares voltadas para proteger a célula. Mas não sabemos se a célula pode cumprir sua função principal, reagindo a essa proteção. São necessárias mais pesquisas…”.
Cientistas japoneses também destacam a necessidade de continuar investigações, porque de seus resultados depende a saúde não apenas atual geração, mas também de gerações vindouras. Por outro lado, pequenas doses de radiação dizem respeito não apenas a objetos potencialmente radiativos, mas também, por exemplo, aos voos para o espaço.
A radiação libertada pelo acidente da central nuclear de Fukushima está a ser responsável por mutações em borboletas, no Japão. Alterações nas formas das asas e antenas são só algumas das transformações registadas, segundo um artigo publicado pela revista Journal Scientific Reports, nesta semana.
Após dois meses do acidente de Fukushima, em Março de 2011, uma equipa de investigadores japoneses recolheu 144 Zizeeria maha, - uma espécie de borboleta comum no país - ainda em estado larvar, de dez localizações diferentes, incluindo a área de Fukushima.

Comparando as mutações encontradas nas borboletas recolhidas em sítios diferentes, a equipa concluiu que as áreas com maior quantidade de radiação no ambiente “produziam” borboletas com asas muito menores e com desenvolvimento nos olhos irregular.

Passados seis meses, voltaram a recolher borboletas dos mesmos dez locais. Dessa vez, o número de mutações registado duplicou - comparado com o índice de mutações antes do acidente -, esclarecendo qualquer dúvida sobre a influência da radiação no desenvolvimento das borboletas. 

A equipa de cientistas sugere que esta maior incidência de mutações ocorre em borboletas que se alimentaram de comida contaminada por radiação, mas também de alterações genéticas herdadas dos seus progenitores.

O estudo desta espécie de borboleta já decorre há mais de dez anos, para avaliar o impacto das alterações climáticas.